Em março de 1979, o Theatro José de Alencar abriu as portas durante 4 dias, para mais de 400 artistas, dentre músicos, poetas, atores, dançarinos, artistas plásticos, fotógrafos e cineastas, engajados em apresentar suas manifestações artísticas autorais. Foi a Massafeira Livre, um movimento cultural coletivo, que envolveu um grande público e revolucionou o conceito das apresentações tradicionais no Theatro, estendendo o evento por mais de 6 horas de duraão em cada dia. Como a música teve um destaque especial, o movimento gerou um disco duplo, que lançou grandes nomes da cultura cearense e deixou marcado na história a determinação desses jovens artistas.
Inspirado no espírito de coletividade que moveu a Massafeira Livre, surge o ManiFesta! Festival das Artes, lançando novas metas, novas setas, novos sonhos. Mais de 300 artistas realizarão uma ocupação multicultural em todos os espaços do histórico Theatro José de Alencar, sábado dia 18 de setembro de 2010, numa maratona de 18 às 6 horas da manhã, com entrada franca.
Na noite do evento será lançado oficialmente o albúm duplo Massafeira em CD remasterizado, e o Livro Massafeira 30 Anos - Som Imagem Movimento Gente, escrito coletivamente por diversos autores. O livro foi organizado pelo cantor e compositor Ednardo e conta com muitas imagens inéditas, fotos de Gentil Barreira, ilustrações de Brandão, fotogramas do filme realizado por Ednardo durante a Massafeira, imagens de Rosemberg Cariry, além de trabalhos de vários outros artistas.
O teatro centenário será palco do encontro de gerações, onde se apresentarão Ednardo, Rodger Rogério, Calé Alencar, Lúcio Ricardo, Chico Pio, Régis e Rogério, entre outros, junto com novos artistas que se destacam na atual cena musical cearense, como Vitoriano, Daniel Medina, Breculê, Jonnata Doll, Renegados, Coletivo Bora!, além de outras bandas.
As fotos de Gentil Barreira e os filmes de Rosemberg Cariry também dialogarão com a arte de diversos grupos de múltiplas linguagens, como música, dança, teatro, performance, poesia, intervenções, literatura, cinema, vídeo, artes plásticas, instalações, exposições de fotos, quadros e esculturas.
A oportunidade de avaliar a importância de movimentos artísticos coletivos como a Massafeira nos dias de hoje, abre espaço para a discussão sobre as políticas culturais e a movimentação artística local, propondo uma atuação mais efetiva dos órgãos governamentais, dos produtores e dos artistas, na criação de projetos que proporcionem um funcionamento mais efetivo de toda a cadeia produtiva das artes no Ceará.
O filme Massafeira realizado por Ednardo e Julia Limaverde, com imagens inéditas captadas em negativo 16mm durante a Massafeira em 1979, será exibido durante o evento. Com a intenção de dar continuidade ao documentário, será realizado durante a noite, um filme coletivo ao vivo, onde o público poderá colaborar levando suas câmeras, máquinas fotográficas e até câmeras de celular, para captar imagens durante a realização do evento.
Será uma noite especial! Além das apresentações programadas, convidamos o público para vestir seus figurinos, trazer seus personagens, desengavetar suas poesias e interagir, seja filmando, atuando ou simplesmente prestigiando. Manifestem-se!
SERVIÇO
ManiFesta! Festival das Artes
Lançamento Livro e CD Massafeira 30 Anos
DATA
18 de Setembro de 2010
Das 18 h as 6 h
12 horas duração
LOCAL
Theatro José de Alencar
Praça José de Alencar, s/n, 60033-976
Fortaleza, Ceará, Brasil
Telefones: (85) 3101.2596 3101.2603
www.secult.ce.gov.br
18 de set. de 2010
11 de set. de 2010
1º Encontro Ator Empreendedor
1º Encontro Ator Empreendedor
um local para novas oportunidades de trabalho e conhecer os talentos da cena cearense
Garis Produção Artística promove o 1º Encontro do Ator Empreendedor, um local para novas oportunidades de trabalho e conhecer os talentos da cena cearense. De 14 a 17 de setembro. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.
A cada dia o mercado de trabalho fica cada vez mais diversificado, profissões antes vistas como secundárias, hoje ocupam lugar de destaque tanto pela sua importância quanto pela qualificação de seus profissionais, como é o caso da profissão do ator.
Pensando nisso a Garis Produção Artística, está promovendo o 1º Encontro do Ator Empreendedor, um local para novas oportunidades de trabalho e conhecer os talentos da cena cearense.
clique aqui e faça sua inscrição
As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.
1º Encontro do Ator Empreendedor
de 14 a 17 de setembro
no auditório da Unifor
inscrições gratuitas: clique aqui
vagas limitadas
info: (85)3458-1900
entrada franca
Festival do Teatro Brasileiro - Cena Cearense, etapa Ceará.
CURSOS DO FTB
Teatro e Performance: Processos criativos em teatro, envolvendo performances, ministrado por Danilo Souto Pinho. Dias 13 a 17 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro do Oprimido / Teatro Ágora: Processos criativos em teatro-fórum ministrado por Vanéssia Gomes. Dias 20 a 24 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro e Contos: Processos criativos em teatro, envolvendo a narração e encenação de contos, ministrado por Juliana Carvalho. Dias 27 a 30 de setembro, das 17h30 às 21h30
MAIS INFORMAÇÕES:
Festival do Teatro Brasileiro - Cena Cearense, etapa Ceará.
Até 1 de outubro. Os cursos são realizados no Centro de Referência do Professor (Rua Conde Deu, 434, Centro). Para a inscrição, enviar e-mail para tembiu@gmail.com ou acessar o site www.tembiu.pro.br, onde se encontra a programação completa.
Telefone: (85) 3235.4063
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
Teatro e Performance: Processos criativos em teatro, envolvendo performances, ministrado por Danilo Souto Pinho. Dias 13 a 17 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro do Oprimido / Teatro Ágora: Processos criativos em teatro-fórum ministrado por Vanéssia Gomes. Dias 20 a 24 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro e Contos: Processos criativos em teatro, envolvendo a narração e encenação de contos, ministrado por Juliana Carvalho. Dias 27 a 30 de setembro, das 17h30 às 21h30
MAIS INFORMAÇÕES:
Festival do Teatro Brasileiro - Cena Cearense, etapa Ceará.
Até 1 de outubro. Os cursos são realizados no Centro de Referência do Professor (Rua Conde Deu, 434, Centro). Para a inscrição, enviar e-mail para tembiu@gmail.com ou acessar o site www.tembiu.pro.br, onde se encontra a programação completa.
Telefone: (85) 3235.4063
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
No caminho da formação
O Festival do Teatro Brasileiro - Cena Cearense, que prossegue até 1º de outubro com a apresentação de espetáculos locais, reforça a necessidade de capacitação dos arte-educadores em salas de aula
O intercâmbio entre um e outro estado é um dos focos do Festival do Teatro Brasileiro (FTB), mas nesta edição, que acontece no Ceará com espetáculos locais, a qualificação profissional se coloca como uma das questões principais. A proposta é levar os professores de escolas públicas a se capacitarem por meio de cursos. "Desde a cena baiana aqui no Ceará, realizada pelo festival em 2009, tivemos a vontade de fazer uma frente de trabalho na formação de plateia e na capacitação dos professores", explica Rodrigo de Oliveira, um dos responsáveis pela organização dos cursos.
A ideia, de acordo com ele, é estimular os alunos da rede pública de ensino a não só irem assistir às peças, mas a conhecerem teatro. "Fizemos uma avaliação e percebemos que é necessária uma ação teatral mais profícua. Os professores costumam relatar que as aulas são muito lúdicas e pouco profundas", relata. No sentido de capacitá-los, estão incluídos na programação quatro cursos, de acordo com os chamados processos criativos. A primeira etapa, com o curso "Teatro e formas animadas", foi ministrada por Graça Freitas. A partir de segunda-feira, tem início "Teatro e performance", com Danilo Souto Pinho. Vanéssia Gomes segue com "Teatro do Oprimido/Teatro Ágora", e Juliana Carvalho é responsável pelo curso "Teatro e contos".
"Cada um tem seu objetivo. Com o Teatro do Oprimido/Teatro Ágora, levamos a questão do teatro como tomada de decisão e posicionamento político aos educadores. Com teatro e contos, as narrativas e oralidade mostram a história de vida das pessoas, o que vivem diariamente. Já a performance aponta para a transversalidade das linguagens, tendência que o teatro está seguindo. Nas formas animadas, entra a questão da tradição popular dos mamulengos, que já está no nosso repertório", detalha Rodrigo. Os cursos, realizados no Centro de Referência do Professor, além de voltados para profissionais com atuação em escolas públicas, destinam-se a artistas interessados, que ocuparão 20% das vagas. A inscrição pode ser feita diretamente no site do evento.
Corpo representado
O professor do curso de teatro do IFCE, Danilo Pinho, responsável pelo curso de performance, explica que atualmente o termo acaba por "atrapalhar" seu verdadeiro significado. "Hoje milhares de coisas distintas ganham esse nome, mas, originalmente, performance é o encontro das artes plásticas com as artes cênicas, que se iniciou a partir da década de 60".
Durante a ditadura, na década de 70, os chamados "artistas de resistência" começaram a desenvolver solos, a exemplo de Ricardo Guilherme aqui no Estado. "É a ideia do ator autônomo que cumpre todas as funções: texto, direção, figurino, iluminação... Torna-se senhor absoluto de seu ofício".
Danilo tem experiência ao lado da atriz Denise Stoklos, uma das expoentes da performance no Brasil, durante o projeto "Solos do Brasil", no qual 15 atores do País executaram suas composições após um ano de aulas, em 2003. "Tivemos nossa formação a partir do teatro essencial".
Para o curso do FTB, unindo a arte do corpo e da palavra - ele também é fonoaudiólogo -, o professor pretende mostrar as possibilidades do performer. "É um teatro mais livre, onde o ator não está tão preso às convenções. Ele não trabalha com caracterização de personagem, fala em nome próprio, mas tem um trunfo que pode ser seu corpo, sua voz ou uma acrobacia".
As aulas, dirigidas especialmente aos arte-educadores, têm, de acordo com Danilo Pinho, duas funções: a da arte teatral em si, priorizando a questão da evolução do professor em seus recursos técnicos, e também como instrumento de melhoria da qualidade nas relações humanas. Para ele, a ideia do teatro como mecanismo de educação é muito eficaz. "Uma coisa é fazer teatro pra fazer teatro, outra coisa é fazer teatro pra fazer outra coisa. É um veículo importante de comunicação. Chega aonde o folder, o outdoor, por exemplo, não chegam. Tem uma grande potência de modificação. E mudanças só são feitas através de provocações mais agressivas, de que só o teatro é capaz".
Sensibilização
Durante a programação do FTB, os arte-educadores, junto aos alunos das escolas públicas, realizam atividades em três etapas. Em um primeiro momento, é feita uma sensibilização sobre a história do teatro, ao mesmo tempo em que se aprofunda o enredo do espetáculo a que os estudantes vão assistir. Depois da peça, interagem com o artista no camarim. "O arte-educador, então, volta para a sala de aula e faz uma avaliação de percepção, pra saber o que os alunos tiraram de proveito. Isso vai apontar o próximo passo" .
Encerrando as atividades na área, será realizado, no dia 1º de outubro, no Centro de Referência do Professor, um ciclo de palestras nomeado "O que a experiência conta: desafios das práticas em teatro e educação", com relatos de ações desenvolvidas na universidade pública, nas escolas e em cursos de iniciação teatral. Já nos palcos do FTB, será apresentado segunda-feira, às 20h, "Ramadança", solo de Ricardo Guilherme, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz. No dia 17, às 19h, é a vez de "Um Tiquinho de Nada", da Cia. CLE (Circo Lúdico Experimental), na escola Melo Jaborandi (Jangurussu). Juliana Carvalho apresenta o solo "A saga de uma certa bárbara", no Sesc Emiliano Queiroz, no dia 20, às 20h. "Conversa de Lavadeiras", da Trupe ´Caba de Chegar, faz apresentação no dia 24, às 19h, na Raimundo Moreira Sena (Parque Santa Cecília). No dia 27, às 20h, é a vez do solo de Silvero Pereira, "Uma Flor de Dama", no Teatro Sesc Emiliano Queiroz. Finalizando, no dia 30, às 19h, o grupo Teatro de Caretas vai à escola São João Batista (Tancredo Neves) levando "A Farsa do Pão e Circo".
CURSOS DO FTB
Teatro e Performance: Processos criativos em teatro, envolvendo performances, ministrado por Danilo Souto Pinho. Dias 13 a 17 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro do Oprimido / Teatro Ágora: Processos criativos em teatro-fórum ministrado por Vanéssia Gomes. Dias 20 a 24 de setembro, das 17h30 às 21h30
Teatro e Contos: Processos criativos em teatro, envolvendo a narração e encenação de contos, ministrado por Juliana Carvalho. Dias 27 a 30 de setembro, das 17h30 às 21h30
MAIS INFORMAÇÕES:
Festival do Teatro Brasileiro - Cena Cearense, etapa Ceará.
Até 1 de outubro. Os cursos são realizados no Centro de Referência do Professor (Rua Conde Deu, 434, Centro). Para a inscrição, enviar e-mail para tembiu@gmail.com ou acessar o site www.tembiu.pro.br, onde se encontra a programação completa.
Telefone: (85) 3235.4063
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
2 de set. de 2010
Cores de Burle Marx
O Espaço Cultural Unifor inaugura hoje mostra com 87 trabalhos do renomado paisagista, em sua incursão pelas artes visuais
Conhecido como paisagista, mas na verdade artista de múltiplas facetas, Roberto Burle Marx deu provas de seu talento também nas artes plásticas, área pela qual - chegou a revelar - gostaria de ter sido mais reconhecido. E é esse universo que a exposição "Burle Marx - Mostra Antológica e a Paisagem Monumental" explora a partir de hoje na Unifor. Com 87 trabalhos, a mostra (idealizada como uma homenagem ao centenário de nascimento do artista, comemorado no ano passado) traz um recorte das diversas fases de sua incursão nas artes plásticas.
A exposição conta ainda com um espaço no qual as chamadas Vistas Panorâmicas fazem a união entre "a pintura do nosso maior paisagista com a paisagem do nosso grande pintor", de acordo com o curador Antonio Carlos Abdalla. "Por óbvias razões acabou se consagrando no cenário artístico brasileiro e internacional, principalmente como paisagista, e sua carreira foi de inequívoco sucesso. Esta exposição, porém, não traz nenhum projeto seu de paisagismo. A omissão foi intencional".
Técnicas e períodos diferentes correspondem à parte da antologia, como um núcleo histórico da diversidade de seu trabalho. Já a "Paisagem Monumental" liga-se à exuberância tropical e à ousadia do artista de unir a paisagem às artes visuais. Além de pinturas, com as quais teve carreira brilhante e longa, desenhos e esculturas compõem a mostra.
De acordo com o curador, a trajetória de Burle Marx iniciou-se no figurativismo até chegar a um abstracionismo muito próprio. Assim como os jardins, suas pinturas bidimensionais exibem "intrincadas linhas retas e curvas, sobreposições de níveis, harmonia de cores associadas aos vários planos e elevações, como ele tão bem sabia construir com a flora local".
Homem renascentista
Escultura, tapeçaria, gravura, desenho, design de joias e projetos para móveis também fizeram parte do universo artístico de Burle Marx. Seu conhecimento vasto sobre diversos assuntos fez dele um artista original, de acordo com a arquiteta e professora da Unifor Fernanda Rocha. "Ele era um gênio original, que convivia com pessoas das mais variadas áreas: políticos, botânicos, arquitetos, durante os saraus que organizava. Tinha um conhecimento amplo também de música e gastronomia", cita, destacando ainda a generosidade. "Apesar de ser eloquente, firme em suas conceituações, valorizava o convívio humano".
Em Fortaleza, o Burle Marx paisagista deixou marcas importantes, como os jardins do Theatro José de Alencar. "É a obra mais íntegra hoje e que foi duas vezes objeto de intervenção: uma na década de 70 e outra nos anos 90. Está no centro da cidade e ao lado de uma edificação histórica importantíssima, que, com a nova administração, começa a ser valorizada não mais como algo residual", opina Fernanda Rocha. Outros projetos idealizados terminaram por não ser executados, como as intervenções nas avenidas Aguanambi, Leste-Oeste e José Bastos.
Burle Marx pregou a diversidade através da arte, como na frase citada pela arquiteta em artigo para o Caderno 3, na qual o paisagista aponta seu conceito de jardim: " um exemplo da coexistência pacífica das várias espécies, lugar de respeito para a natureza e pelo outro, pelo diferente; o jardim é, em suma, um instrumento de prazer e um meio de educação".
Histórias do artista solidário
O engenheiro agrônomo cearense Ricardo Marinho conheceu Burle Marx e com ele realizou em torno de 20 projetos em Fortaleza. O contato com o paisagista se deu ainda na época da faculdade, quando Ricardo resolveu ir ao Rio de Janeiro com o intuito de conhecer o paisagista. "Pra minha surpresa, ele me atendeu com gentileza, criticou os trabalhos que mostrei a ele e me convidou para um almoço no sítio. Depois retornei ao Rio e passei a frequentar o escritório. No início, foi um contato mais comercial, mas acabou virando uma amizade", relembra.
O profissional fala com orgulho de Marx, de quem herdou uma coleção de plantas preservadas em seu jardim. "Embora não fosse botânico, Roberto tinha um conhecimento amplo de consciência ecológica, uma maneira de projetar e uma precisão do traço impressionante. Tinha um caráter tremendo e amava muito o Brasil. Tem coisas que hoje faço e penso: ´Isso aqui o Roberto ia gostar´. Acabei com um traço parecido com o dele, é impossível fugir da sua influência", conta.
"Hoje vejo um paisagismo tão banal, muita matéria plástica, pasteurizada, baseada em fórmulas. Tenho saudade de ver o traço elegante e preciso do Roberto, por isso faço um esforço grande pra manter a memória dele".
Ricardo lamenta ainda o descaso com o projeto, concluído em 1993, de transformar a fazenda Raposa, em Maracanaú, em Jardim Botânico. No local, há uma coleção de palmeiras raríssima, descoberta por Burle Marx por meio de uma revista científica internacional. "Na época, conseguimos recursos, mas nada foi feito. Hoje está abandonado, inclusive atearam fogo por lá".
Já a arquiteta Nicia Bormann conheceu o paisagista no terceiro ano da faculdade de Arquitetura no Rio, durante o estágio no escritório dele. "Foi uma experiência única, que talvez eu tivesse aproveitado mais se fosse mais madura. O primeiro projeto que caiu nas nossas mãos foi do Aterro do Flamengo, pra você ter uma ideia", recorda.
"Ele era muito humano, sentava e conversava sobre o que estava fazendo. Me convidou para passar um fim de semana no sítio, realizando uma excursão de descoberta de novas plantas. Me introduziu no paisagismo e ensinou a ver a natureza com outro olhar". Para a arquiteta, o jardim do Grupo J. Macêdo é uma das obras mais emblemáticas. "É bem característico da época. Deveria ser preservado e recuperado".
MAIS INFORMAÇÕES:
Exposição Burle Marx - Mostra Antológica e a Paisagem Monumental. Lançamento para convidados hoje, às 19h, no Espaço Cultural Unifor. Aberta ao público a partir de amanhã. Visitas de terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados e domingos, das 10h às 18h. Grátis. Contatos: (85) 3477.3319 / www.unifor.br
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
Conhecido como paisagista, mas na verdade artista de múltiplas facetas, Roberto Burle Marx deu provas de seu talento também nas artes plásticas, área pela qual - chegou a revelar - gostaria de ter sido mais reconhecido. E é esse universo que a exposição "Burle Marx - Mostra Antológica e a Paisagem Monumental" explora a partir de hoje na Unifor. Com 87 trabalhos, a mostra (idealizada como uma homenagem ao centenário de nascimento do artista, comemorado no ano passado) traz um recorte das diversas fases de sua incursão nas artes plásticas.
A exposição conta ainda com um espaço no qual as chamadas Vistas Panorâmicas fazem a união entre "a pintura do nosso maior paisagista com a paisagem do nosso grande pintor", de acordo com o curador Antonio Carlos Abdalla. "Por óbvias razões acabou se consagrando no cenário artístico brasileiro e internacional, principalmente como paisagista, e sua carreira foi de inequívoco sucesso. Esta exposição, porém, não traz nenhum projeto seu de paisagismo. A omissão foi intencional".
Técnicas e períodos diferentes correspondem à parte da antologia, como um núcleo histórico da diversidade de seu trabalho. Já a "Paisagem Monumental" liga-se à exuberância tropical e à ousadia do artista de unir a paisagem às artes visuais. Além de pinturas, com as quais teve carreira brilhante e longa, desenhos e esculturas compõem a mostra.
De acordo com o curador, a trajetória de Burle Marx iniciou-se no figurativismo até chegar a um abstracionismo muito próprio. Assim como os jardins, suas pinturas bidimensionais exibem "intrincadas linhas retas e curvas, sobreposições de níveis, harmonia de cores associadas aos vários planos e elevações, como ele tão bem sabia construir com a flora local".
Homem renascentista
Escultura, tapeçaria, gravura, desenho, design de joias e projetos para móveis também fizeram parte do universo artístico de Burle Marx. Seu conhecimento vasto sobre diversos assuntos fez dele um artista original, de acordo com a arquiteta e professora da Unifor Fernanda Rocha. "Ele era um gênio original, que convivia com pessoas das mais variadas áreas: políticos, botânicos, arquitetos, durante os saraus que organizava. Tinha um conhecimento amplo também de música e gastronomia", cita, destacando ainda a generosidade. "Apesar de ser eloquente, firme em suas conceituações, valorizava o convívio humano".
Em Fortaleza, o Burle Marx paisagista deixou marcas importantes, como os jardins do Theatro José de Alencar. "É a obra mais íntegra hoje e que foi duas vezes objeto de intervenção: uma na década de 70 e outra nos anos 90. Está no centro da cidade e ao lado de uma edificação histórica importantíssima, que, com a nova administração, começa a ser valorizada não mais como algo residual", opina Fernanda Rocha. Outros projetos idealizados terminaram por não ser executados, como as intervenções nas avenidas Aguanambi, Leste-Oeste e José Bastos.
Burle Marx pregou a diversidade através da arte, como na frase citada pela arquiteta em artigo para o Caderno 3, na qual o paisagista aponta seu conceito de jardim: " um exemplo da coexistência pacífica das várias espécies, lugar de respeito para a natureza e pelo outro, pelo diferente; o jardim é, em suma, um instrumento de prazer e um meio de educação".
Histórias do artista solidário
O engenheiro agrônomo cearense Ricardo Marinho conheceu Burle Marx e com ele realizou em torno de 20 projetos em Fortaleza. O contato com o paisagista se deu ainda na época da faculdade, quando Ricardo resolveu ir ao Rio de Janeiro com o intuito de conhecer o paisagista. "Pra minha surpresa, ele me atendeu com gentileza, criticou os trabalhos que mostrei a ele e me convidou para um almoço no sítio. Depois retornei ao Rio e passei a frequentar o escritório. No início, foi um contato mais comercial, mas acabou virando uma amizade", relembra.
O profissional fala com orgulho de Marx, de quem herdou uma coleção de plantas preservadas em seu jardim. "Embora não fosse botânico, Roberto tinha um conhecimento amplo de consciência ecológica, uma maneira de projetar e uma precisão do traço impressionante. Tinha um caráter tremendo e amava muito o Brasil. Tem coisas que hoje faço e penso: ´Isso aqui o Roberto ia gostar´. Acabei com um traço parecido com o dele, é impossível fugir da sua influência", conta.
"Hoje vejo um paisagismo tão banal, muita matéria plástica, pasteurizada, baseada em fórmulas. Tenho saudade de ver o traço elegante e preciso do Roberto, por isso faço um esforço grande pra manter a memória dele".
Ricardo lamenta ainda o descaso com o projeto, concluído em 1993, de transformar a fazenda Raposa, em Maracanaú, em Jardim Botânico. No local, há uma coleção de palmeiras raríssima, descoberta por Burle Marx por meio de uma revista científica internacional. "Na época, conseguimos recursos, mas nada foi feito. Hoje está abandonado, inclusive atearam fogo por lá".
Já a arquiteta Nicia Bormann conheceu o paisagista no terceiro ano da faculdade de Arquitetura no Rio, durante o estágio no escritório dele. "Foi uma experiência única, que talvez eu tivesse aproveitado mais se fosse mais madura. O primeiro projeto que caiu nas nossas mãos foi do Aterro do Flamengo, pra você ter uma ideia", recorda.
"Ele era muito humano, sentava e conversava sobre o que estava fazendo. Me convidou para passar um fim de semana no sítio, realizando uma excursão de descoberta de novas plantas. Me introduziu no paisagismo e ensinou a ver a natureza com outro olhar". Para a arquiteta, o jardim do Grupo J. Macêdo é uma das obras mais emblemáticas. "É bem característico da época. Deveria ser preservado e recuperado".
MAIS INFORMAÇÕES:
Exposição Burle Marx - Mostra Antológica e a Paisagem Monumental. Lançamento para convidados hoje, às 19h, no Espaço Cultural Unifor. Aberta ao público a partir de amanhã. Visitas de terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados e domingos, das 10h às 18h. Grátis. Contatos: (85) 3477.3319 / www.unifor.br
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
Os curtas em Canoa
O Curta Canoa - Festival Latino-americano de Curta Metragem - divulga os selecionados para sua 6ª edição. Foram escolhidos 43 vídeos e 21 filmes
Entre os dias 18 e 25 de setembro, a praia de Canoa Quebrada, em Aracati, recebe o 6º Festival Latino-americano de Curta Metragem. Nesta versão, 353 vídeos e 62 filmes de todos os estados do país foram inscritos, nos gêneros ficção, documentário e animação. A abertura do festival acontece no sábado, com a exibição de "Timóteo, Política e Paixão", filme que narra a trajetória profissional do cantor Agnaldo Timóteo, que estará presente no evento.
Na categoria filmes, quatro cearenses foram selecionados, um documentário e três ficções: "Fractais Sertanejos", de Heraldo Cavalcanti, sobre a vida de João Baptista dos Santos, o Janjão, artista de Aurora, município cearense. A película ficou entre as 10 melhores no 20º Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. "O Som do Tempo", do diretor Petrus Cariry, que já acumula mais de 60 prêmios com curta-metragens. "Los Minutos Las Horas", de Janaina Marques, ambientado em Havana, Cuba. E "Segunda Chance", de José Eugênio da Costa Neto. Enquanto isso, São Paulo vai ao festival com quatro filmes, dois de ficção, um documentário e uma animação. O Rio Grande do Sul terá três filmes e os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais levam cada um duas ficções. Pernambuco, Goiás, Pará, Maranhão, Santa Catarina e Distrito Federal também estarão presentes.
Na categoria vídeo, o Ceará foi também selecionado com quatro produções de nossos realizadores: "Boa Noite Alice" (animação), dos cineastas Carlos Arthur e Henrique Oliveira; "O Pescador e a Sereia" (ficção) de Arnaldo Lima; "Aos Mortos de Morte Morrida" (ficção), de Sidneia Luzia; e "Todos São Francisco" (documentário) de Nany Oliveira. São Paulo será representado com nove vídeos; Rio de Janeiro com sete; Rio Grande do Sul com cinco; Minas Gerais e Pará com três; Alagoas, Pernambuco e Distrito Federal com dois vídeos cada, e Goiás, Paraíba, Bahia e Santa Catarina com um, respectivamente.
A sessão competitiva acontecerá na praça principal da comunidade, onde os filmes serão exibidos, concorrendo ao Troféu Lua Estrela nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor direção de arte, melhor ator, melhor atriz e melhor montagem. Em paralelo à exibição, o evento vai realizar oficinas, palestras e debates tendo como tema principal a defesa ao meio ambiente.
A semana do Festival Curta Canoa será encerrada com o filme "Acabou-se", da cineasta Patrícia Baía.
FILMES selecionados
Ave Maria Mãe dos Sertanejos - Camilo Cavalcante - PE
- Aos pés - Zeca Brito - RS
- Ao vivo - Peppe Siffredi & Antonio Guerreiro - GO
- Cortejo Negro - Diego Muller - RS
- Ensaio de cinema - Allan Ribeiro - RJ
- Fractais Sertanejos - Heraldo Cavalcanti - CE
- O divino, De Repente - Fabio Yamaji - SP
- Quando a Chuva Chegar - Jorane Castro - PA
- Senhoras - Adriana Vasconcelos - DF
- Teresa - Paula Szutan e Renata Terra - SP
- Vela Ao Crucificado - Frederico Machado - MA
- O bailarino e o Bode - Rogério Nunes - SP
- O som do tempo - Petrus Cariry - CE
- Cinemaieutica - Rodrigo Brum - SC
- Homem-bomba -Tarcisio Lara - RJ
- Amigos Bizarros do Ricardinho - Augusto Canani - RS
- Los Minutos, Las Horas - Janaina Marques - CE
- Pão com Mortadela - Marcos Mello e - Georgina de Castro - SP
- O filme Mais Violento do Mundo - Gilberto Scarpa - MG
- Segunda chance - José Eugênio da Costa Neto - CE
- Revertere Ad Locum Tuum - Armando Mendz - MG
MAIS INFORMAÇÕES:
Festival Latino-americano de Curta Metragem, de 18 a 25 de setembro, em Canoa Quebrada, Aracati. Entrada Franca.
Entre os dias 18 e 25 de setembro, a praia de Canoa Quebrada, em Aracati, recebe o 6º Festival Latino-americano de Curta Metragem. Nesta versão, 353 vídeos e 62 filmes de todos os estados do país foram inscritos, nos gêneros ficção, documentário e animação. A abertura do festival acontece no sábado, com a exibição de "Timóteo, Política e Paixão", filme que narra a trajetória profissional do cantor Agnaldo Timóteo, que estará presente no evento.
Na categoria filmes, quatro cearenses foram selecionados, um documentário e três ficções: "Fractais Sertanejos", de Heraldo Cavalcanti, sobre a vida de João Baptista dos Santos, o Janjão, artista de Aurora, município cearense. A película ficou entre as 10 melhores no 20º Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. "O Som do Tempo", do diretor Petrus Cariry, que já acumula mais de 60 prêmios com curta-metragens. "Los Minutos Las Horas", de Janaina Marques, ambientado em Havana, Cuba. E "Segunda Chance", de José Eugênio da Costa Neto. Enquanto isso, São Paulo vai ao festival com quatro filmes, dois de ficção, um documentário e uma animação. O Rio Grande do Sul terá três filmes e os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais levam cada um duas ficções. Pernambuco, Goiás, Pará, Maranhão, Santa Catarina e Distrito Federal também estarão presentes.
Na categoria vídeo, o Ceará foi também selecionado com quatro produções de nossos realizadores: "Boa Noite Alice" (animação), dos cineastas Carlos Arthur e Henrique Oliveira; "O Pescador e a Sereia" (ficção) de Arnaldo Lima; "Aos Mortos de Morte Morrida" (ficção), de Sidneia Luzia; e "Todos São Francisco" (documentário) de Nany Oliveira. São Paulo será representado com nove vídeos; Rio de Janeiro com sete; Rio Grande do Sul com cinco; Minas Gerais e Pará com três; Alagoas, Pernambuco e Distrito Federal com dois vídeos cada, e Goiás, Paraíba, Bahia e Santa Catarina com um, respectivamente.
A sessão competitiva acontecerá na praça principal da comunidade, onde os filmes serão exibidos, concorrendo ao Troféu Lua Estrela nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor direção de arte, melhor ator, melhor atriz e melhor montagem. Em paralelo à exibição, o evento vai realizar oficinas, palestras e debates tendo como tema principal a defesa ao meio ambiente.
A semana do Festival Curta Canoa será encerrada com o filme "Acabou-se", da cineasta Patrícia Baía.
FILMES selecionados
Ave Maria Mãe dos Sertanejos - Camilo Cavalcante - PE
- Aos pés - Zeca Brito - RS
- Ao vivo - Peppe Siffredi & Antonio Guerreiro - GO
- Cortejo Negro - Diego Muller - RS
- Ensaio de cinema - Allan Ribeiro - RJ
- Fractais Sertanejos - Heraldo Cavalcanti - CE
- O divino, De Repente - Fabio Yamaji - SP
- Quando a Chuva Chegar - Jorane Castro - PA
- Senhoras - Adriana Vasconcelos - DF
- Teresa - Paula Szutan e Renata Terra - SP
- Vela Ao Crucificado - Frederico Machado - MA
- O bailarino e o Bode - Rogério Nunes - SP
- O som do tempo - Petrus Cariry - CE
- Cinemaieutica - Rodrigo Brum - SC
- Homem-bomba -Tarcisio Lara - RJ
- Amigos Bizarros do Ricardinho - Augusto Canani - RS
- Los Minutos, Las Horas - Janaina Marques - CE
- Pão com Mortadela - Marcos Mello e - Georgina de Castro - SP
- O filme Mais Violento do Mundo - Gilberto Scarpa - MG
- Segunda chance - José Eugênio da Costa Neto - CE
- Revertere Ad Locum Tuum - Armando Mendz - MG
MAIS INFORMAÇÕES:
Festival Latino-americano de Curta Metragem, de 18 a 25 de setembro, em Canoa Quebrada, Aracati. Entrada Franca.
1 de set. de 2010
28 de ago. de 2010
Oportunidades
A Ong integrasol lançou edital para contratação de um (a) educador (a) de artes (artesanato) para desenvolver trabalhos manuais com crianças e adolescentes.
Perfil:
- Ensino Médio Completo.
Competência Técnica:
- Experiência com oficinas de artes.
- Experiência com Planejamento;
- Noções em elaboração de relatórios;
- Tempo exclusivo ao setor;
- Habilidade em manejo de conflitos;
- Conhecimento básico em informática;
Principais Atividades da Função:
- Planejamento de Aula;
- Atender as crianças da comunidade;
- Aplicação de oficinas de Cidadania, Espiritualidade e específica de Artes;
- Estimular a Prática da Cultura de Artes (desenvolvimento);
- Estimular o desenvolvimento de potencialidades humanas e sociais;
- Colher depoimentos e História de Vida;
Condições de trabalho e salariais:
Carga horária: 44 h/ semanais
Alimentação no Local
Contrato de Trabalho (CLT)
Processo de Seleção:
O processo de seleção será feito mediante 03 etapas:
1º análise de Curriculum Vitae
2º Entrevista Pessoal
3º Teste Psicológico
Recebimento de currículos:
Os (as) Interessados (as) devem enviar o currículo para Integrasol@veloxmail.com.br ou pessoalmente no endereço: Rua Paranaí, 1240, Planalto Ayrton Senna, no período 24 de Agosto de 2010 a 10 de Setembro de 2010.
Entrevista: 15 de Setembro de 2010 (período da manhã)
Lúcia Maciel
Recursos Humanos
__._,_.___
Perfil:
- Ensino Médio Completo.
Competência Técnica:
- Experiência com oficinas de artes.
- Experiência com Planejamento;
- Noções em elaboração de relatórios;
- Tempo exclusivo ao setor;
- Habilidade em manejo de conflitos;
- Conhecimento básico em informática;
Principais Atividades da Função:
- Planejamento de Aula;
- Atender as crianças da comunidade;
- Aplicação de oficinas de Cidadania, Espiritualidade e específica de Artes;
- Estimular a Prática da Cultura de Artes (desenvolvimento);
- Estimular o desenvolvimento de potencialidades humanas e sociais;
- Colher depoimentos e História de Vida;
Condições de trabalho e salariais:
Carga horária: 44 h/ semanais
Alimentação no Local
Contrato de Trabalho (CLT)
Processo de Seleção:
O processo de seleção será feito mediante 03 etapas:
1º análise de Curriculum Vitae
2º Entrevista Pessoal
3º Teste Psicológico
Recebimento de currículos:
Os (as) Interessados (as) devem enviar o currículo para Integrasol@veloxmail.com.br ou pessoalmente no endereço: Rua Paranaí, 1240, Planalto Ayrton Senna, no período 24 de Agosto de 2010 a 10 de Setembro de 2010.
Entrevista: 15 de Setembro de 2010 (período da manhã)
Lúcia Maciel
Recursos Humanos
__._,_.___
21 de jul. de 2010
Seminário "Arte, Invenção e Experiências Formativas"
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura recebe inscrições para o seminário “Arte, Invenção e Experiências Formativas”, que será realizado de 3 a 7 de agosto, das 8h às 17h30, no Teatro Dragão do Mar.
Por meio do seminário, o Dragão do Mar Educativo amplia suas ações de formação em arte e cultura com a implantação do Núcleo de Formação. Esse núcleo vai realizar nove seminários críticos até dezembro, abarcando diferentes linguagens artísticas: fotografia, música, audiovisual, teatro, dança, literatura e artes visuais.
Entre os nomes confirmados para participar em agosto do seminário “Arte, Invenção e Experiências Formativas citamos Suely Rolnik (SP), Miguel Chikaoka (PA), José Fernando Peixoto (SP), Beatriz Cerbino (RJ), Tiago Gomes (RJ), Lúcia Matos (BA), Raul Antelo (SC), Ricardo Aleixo (MG), Henry Burnett (SP), Claudia Saldanha (RJ) e Ana Maria Tavares (RJ).
O seminário conta ainda com a participação de nomes do Ceará como Daniel Lins, Beatriz Furtado, Rosa Primo, Gil Brandão, Silas de Paula, Paulo Amoreira, Gilberto Machado, Carlos Velazquez, Fernanda Coutinho e Elvis Matos.
Em breve programação completa em www.dragaodomar.org.br
Informações: (85) 3254.6676.
Por meio do seminário, o Dragão do Mar Educativo amplia suas ações de formação em arte e cultura com a implantação do Núcleo de Formação. Esse núcleo vai realizar nove seminários críticos até dezembro, abarcando diferentes linguagens artísticas: fotografia, música, audiovisual, teatro, dança, literatura e artes visuais.
Entre os nomes confirmados para participar em agosto do seminário “Arte, Invenção e Experiências Formativas citamos Suely Rolnik (SP), Miguel Chikaoka (PA), José Fernando Peixoto (SP), Beatriz Cerbino (RJ), Tiago Gomes (RJ), Lúcia Matos (BA), Raul Antelo (SC), Ricardo Aleixo (MG), Henry Burnett (SP), Claudia Saldanha (RJ) e Ana Maria Tavares (RJ).
O seminário conta ainda com a participação de nomes do Ceará como Daniel Lins, Beatriz Furtado, Rosa Primo, Gil Brandão, Silas de Paula, Paulo Amoreira, Gilberto Machado, Carlos Velazquez, Fernanda Coutinho e Elvis Matos.
Em breve programação completa em www.dragaodomar.org.br
Informações: (85) 3254.6676.
3 de jul. de 2010
Abajur no Dragão
Universo marginal, realidade tão próxima mas que passa despercebida. Ali mesmo, de cara com o comércio ilegal e a prostituição no centro da cidade. Nesse compasso, o de retratar o "submundo", o grupo Imagens de Teatro encena há quase um ano a peça "O Abajur Lilás", escrita pelo dramaturgo Plínio Marcos.
"Estamos buscando outras possibilidades de teatro em novos espaços", explica o diretor da peça, Edson Cândido. Desta vez, em nova temporada, o espetáculo acontece no Chopp do Bixiga, no Dragão do Mar. Lá, a apresentação passa por vários ambientes, incluindo a comprida escada que leva ao andar superior. A música fica por conta da Galega dos Teclados. "Só o que não pode faltar mesmo é o ator". No caso, 12.
O cenário não poderia ser melhor. "Tem tudo a ver com a nossa proposta de cabaré- boite. O Dragão tem muitos espaços legais que pouca gente conhece. Das outras vezes, nos apresentamos sempre em teatros. Esse espaço é totalmente propício à peça", acredita.
A certeza vem da experiência durante apresentação neste ano em São Luís, onde o grupo também se apresentou em boite. Sobre a reação do público, o diretor confessa: "Muita gente se assusta porque é um texto muito denso. Mas recebemos muitos elogios. Acho que o público aceitou, acatou legal".
De toda forma, é a interação com a plateia que faz de cada nova noite uma apresentação diferente. "O espetáculo responde o que o público dá".
No Bixiga, alguns atrativos para quem for assistir à peça. Na compra do ingresso, um chopp de graça. "Também tem o kit com farofa e cachaça e um desfile de lingerie", antecipa.
"Abajur" faz parte do projeto de trilogia planejado pelo grupo. Em setembro, prometem apresentação de "Barrela" no Sesc Senac Iracema. "Já recebemos inclusive o convite para apresentá-la em Goiânia". Em janeiro, é a vez de "Navalha na carne", no Passeio Público.
Segundo Cândido, para a montagem de "Abajur" o grupo percorreu os inferninhos da cidade durante um ano. No II Festival Nacional de Teatro de Goiânia, a peça recebeu cinco prêmios nas categorias melhor espetáculo, ator, atriz, atriz coadjuvante e direção.
O Imagens prepara também a volta de "Dr. Qorpo", que permaneceu em cartaz por oito anos, de acordo com Cândido. "Ganhamos mais de 15 prêmios a nível nacional. Muita gente não viu e a gente resolveu voltar".
Fique por dentro
Submundo em cena
A PEÇA encenada pelo grupo Imagens de Teatro já passou pelo entorno do Theatro José de Alencar, pelo Sesc Senac Iracema e pelo centro de Guaramiranga. O cenário é um bordel em frente a um bar chamado "O Leite da Mulher Amada". Luzes vermelhas, música de cabaré, cantada ao vivo, palavras sujas, cheiro de bebida e cigarro, tudo se une para compor o clima. No fundo, um quarto na penumbra, onde acontecem os programas e tramas. Durante o espetáculo, não existe distanciamento entre ator e público. No Bixiga, a apresentação pretende provocar inquietação entre os frequentadores, que se sentarão nas próprias mesas e cadeiras do bar.
MAIS INFORMAÇÕES:
O Abajur Lilás. Sábados de julho, às 20h, no Chopp do Bixiga.
Entrada: R$10 e R$20. Telefones: 3219.7690. Censura: 18 anos
SÍRIA MAPURUNGA
REPÓRTER
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